Rejeitar a violência não consiste apenas em evitarmos ser violentos. Rejeitar a violência implica não aceitarmos a violência calados, quando praticada diante de nós, de nossos ouvidos ou de nossa consciência. Significa não violentarmos a nós mesmos, nossos princípios, aceitando ou fazendo aquilo para o que nossa alma diz “não”!
Em primeiro lugar se faz necessário saber onde a violência entra, disfarçada, em nossa rotina. Comemos cadáveres? Apoiamos rodeios, zoológicos, ou outra prática em que animais ficam confinados, sem liberdade, sem escolha ou opção? Exploramos animais para venda ou compra?
Nosso guarda-roupa guarda artigos de couro – a pele de animais? Bebemos os fluidos das vacas, que seriam destinados por direito aos seus filhotes?
Prendemos pássaros voadores em gaiolas? Trabalhamos matando ou fazendo experiências em animais? Compramos produtos de empresas que usam animais para testes ou que escravizam seus trabalhadores humanos, ou que não estão nem aí para o ar que respiramos e a água que bebemos e poluem sem vergonha?
Assistimos impassíveis ao abuso contra um humano ou animal sem denunciar e procurar ajuda?
Não, não e não! A impunidade e o continuísmo da violência acontecem também pela falta da solidariedade, da compaixão.
Ouvi de um mestre que o oposto ao amor, não é o ódio: é o medo. Que paralisa. Ninguém de nós quer essa paralisia impotente; ninguém de nós quer aceitar impassível o que nos machuca; então, só temos um caminho: a coragem de rejeitar a violência. Calmamente, sem ser mais um agressor. Com sobriedade, inteligência, amor e compaixão.
Por Nina Rosa, em 30/01/2009 (www.institutoninarosa.org.br).
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