terça-feira, 17 de novembro de 2009

O sal e a pressão alta

O sal é um mineral composto por dois elementos principais: o sódio e o cloro, que se juntam formando o cloreto de sódio.


5% do sal recolhido do mar é utilizado para consumo humano.

O restante vai para a indústria, servindo para fabricar papel, tecidos, cosméticos, tinturas, detergentes, remédios, etc.

O sal é necessário para manter a vida.


O sódio tem funções nobres no organismo:

=> controlar o equilíbrio da água;

=> contribuir para transmitir os impulsos nervosos do cérebro para todo o corpo;

=> permitir a contração muscular;

=> participar da regulação do ritmo do coração.


Como o sódio provoca pressão alta?

Quando a gente come aquela comida salgada... dá uma sede!

A ingestão excessiva de sal faz aumentar a quantidade de sódio no sangue!

Mas o equilíbrio entre sódio e água no organismo tem que ser perfeito.

Existindo mais sódio precisa haver mais água.

Com o sódio aumentando no sangue, complicados mecanismos hormonais entram em ação para equilibrar as águas corporais.

Se este equilíbrio não ocorrer, o organismo vai ter que tirar água de dentro das células, provocando desidratação e risco de morte.


Só que este aumento do volume de sangue por causa do aumento da quantidade de água (para diluir o sódio) faz aumentar a pressão dentro das artérias.

E lá vai a pressão arterial para as nuvens!


Quando as águas da chuva são intensas, os rios não conseguem conter a pressão destas águas em suas margens e ocorrem as inundações.

Mas as artérias e veias não podem deixar o sangue sair e inundar o nosso corpo.

Então, a quantidade aumentada de líquidos fica presa e aumenta a pressão dentro das artérias, provocando a hipertensão arterial.

Assim como a pressão aumentada das águas do rio vai destruindo suas margens, a pressão alta dentro das artérias vai machucando suas paredes, que podem se romper (derrame) ou entupir (infarto).


É porque a gente não se lembra do gosto, mas o leite materno tem somente um “pinguinho” de sal.

Porque a natureza sabe que o sódio é indispensável até para o bebê, mas sem excessos.

Devemos nos lembrar que o gosto pelo sal é adquirido.


O bebê será um adulto com pressão alta dependendo também do que ele aprender em relação à quantidade de sal que satisfizer seu paladar.

E o gosto adquirido pelo sal vai depender do nosso cuidado com a quantidade de sódio que as crianças ingerem.


A Organização Mundial da Saúde determina que a quantidade máxima de sal que cada adulto deve comer por dia é igual a 5 gramas (que é o sal contido em uma colher de chá).

A colher de sopa contem ± 15 gramas.

Cinco gramas de sal correspondem a aproximadamente 2,5 gramas de sódio.


No Brasil cada pessoa ingere em torno de 10 gramas de sal por dia, o dobro da quantidade recomendada.

Se viver de sanduíches, batata frita, salgadinhos e comida industrializada, pode chegar a 20 gramas por dia ou mais.


Dez gramas de sal obrigam o organismo a reter 1 litro de água, todos os dias!

Que aumenta o volume de sangue circulando, que obriga o coração a trabalhar com mais força, que aumenta a pressão arterial, e tudo o mais que a gente já sabe.


Assim como nós, humanos, temos sal em nosso organismo, todos os outros seres vivos também têm.

A carne de vaca é naturalmente salgada, assim como a das aves e peixes.

Por incrível que pareça, os vegetais também contêm sal, ainda que em menor quantidade.


Estes alimentos naturais começam a se complicar quando são industrializados.

Um único sanduíche pode ter 80% do sal que você pode ingerir por dia.


Existem duas atitudes que podemos começar a tomar a partir de agora:

1) Eliminar o uso do saleiro;

2) Ler as informações nutricionais dos produtos que compramos.


Assim como os maços de cigarro, os saleiros também deveriam vir com uma advertência de perigo quanto ao uso.

O sal contido nos alimentos já é mais do que suficiente.

Não é necessário acrescentar mais sal na comida.


Como conviver com o sal, sendo nosso amigo:

Dê sumiço no saleiro.

Não deixe as crianças usarem, nem dê o exemplo.

Prefira alimentos frescos.

Aprenda a usar e abusar dos temperos naturais: alho, cebola, manjericão, alecrim, orégano, salsinha, tomilho, cebolinha, hortelã, curry e outros.

Evite conservas (azeitonas, picles, patê, palmito, etc.), enlatados, alimentos em pó (sopas, temperos), caldos em cubos, embutidos (salsicha, mortadela, linguiça, salame, presunto), carnes salgadas.

Leia as informações nutricionais e decida se você quer aquela quantidade de sal na sua vida (ah! não esqueça de verificar se tem glutamato monossódico, porque isto é sódio também).


Cuidado com os “salgadinhos” aperitivos (biscoitos, amendoins, batata frita, etc.) e com os sanduíches prontos.

Viva feliz com menos sal!


Enviado por José Arnaldo C. Campelo em 11/11/2009.

Algumas informações fisiológicas estão simplificadas com a finalidade de facilitar o entendimento.

Fonte: www.marpan.com.br

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