Se não, pelo menos deve ter ouvido falar nele.
Trata-se de um documentário-livro-audiolivro (gravado no Brasil na popularíssima voz da apresentadora de TV Ana Maria Braga) de 2006.
Ele tenta fundamentar cientificamente o poder do pensamento positivo.
Para os que acreditam em O segredo, esse poder se basearia numa suposta “Lei da Atração”.
Por essa lei, pensar num acontecimento contribuiria para sua ocorrência.
Se tiver tempo e quiser saber mais sobre O Segredo, clique aqui para assistir Além do Segredo - O Segredo 2, um vídeo com mais de uma hora de duração.
Acontece que pesquisadores canadenses estão dizendo que a coisa não é bem assim:
Um dos maiores problemas da doutrina do pensamento positivo é que ela propõe agir sobre os efeitos, não sobre as causas.
É certo que pessoas com baixa autoestima produzem menos do que são capazes, e estimulá-las é um dos caminhos para que melhorem.
Mas o estímulo tem de vir acompanhado de treinamento.
Uma das explicações dos autores é que, quando ouvimos afirmações radicalmente opostas àquelas em que acreditamos, nós não apenas nos mostramos céticos, como tendemos a aderir com ainda mais força nossa posição original.
Um socialista moderado, ao ouvir um amigo louvando o liberalismo, tende a se sentir mais socialista.
Um corinthiano fanático, rodeado por palmeirenses numa roda de bar, tende a demonstrar uma paixão inaudita por seu time.
E, na opinião dos pesquisadores, uma pessoa que não se considera lá essas coisas, ao ouvir de si própria que é genial, ou linda, ou adorável, tende a achar-se mais desprezível que antes.
Só pensar não resolve! O ideal é que tenhamos uma autoestima condizente com nossas capacidades.
Ou um pouco acima, para nos incentivar a progredir.
“Mas, no mundo de hoje, padrões inatingíveis de estética e sucesso podem levar a pessoa média a desenvolver uma noção de fracasso”, diz a psicóloga Cecília Vilhena.
Mais gente com baixa autoestima significa mais gente propensa a tentar o pensamento positivo.
Mas lembre-se: não vai dar certo!
Extraído do site da Revista Época (http://revistaepoca.globo.com)
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