terça-feira, 6 de novembro de 2012

Outro perigoso golpe bancário

Por mais esperto que você seja, se não mantiver-se atualizado sobre os golpes da Web, um dia vai acabar caindo num deles.

Digo isso porque a sofisticação empregada pelos malandros é cada vez maior.

Esse golpe que transcrevo abaixo é um desses que se aproveita da sua própria intenção de se proteger.
O golpista simula uma situação em que você é contatado pelo próprio banco onde é correntista e informado de que houve uma movimentação na sua conta que precisa ser confirmada.

É importante ter em mente que o fato de alguém dispor de todas as suas informações não garante que ela seja realmente representante da instituição bancária. Funcionários do banco, por exemplo, podem ter acesso aos seus dados cadastrais (e pior: aos seus saldos de conta-corrente e aplicações) e utilizar indevidamente essas informações ou fornecê-las a terceiros.

Leia:

"Trata-se de um novo tipo de crime, mais sofisticado que aqueles que conhecemos.

Recebi, por volta das 15h de ontem, uma ligação no meu celular, de uma pessoa que se identificou como do Setor de Fraudes do banco onde possuo conta.

Ela questionou se eu havia feito operações de débito ontem.
Por azar, eu fiz, e disse que sim. Ato contínuo, ela informou que na transição do banco para o banco..., era praxe uma verificação com o cliente sobre tais operações.
Segundo ela, após tentativas de contato com o meu telefone fixo (ela falou o número do meu telefone fixo), como ninguém atendeu (e de fato não tinha ninguém em casa), o referido "Setor de Fraudes" havia bloqueado temporariamente meu cartão, e precisava da minha confirmação para voltar a liberá-lo.

Ato contínuo, ela confirmou todos os meus dados (ela falou meu nome completo, nome dos meus pais, meu endereço, meu CPF, etc.) e eu simplesmente confirmava, como, aliás, é o procedimento de praxe dos bancos.

Notem que eu não passei nenhum dado pessoal, isto é, ela falava e eu apenas concordava com os dados que ela passava. Ato contínuo, ela agradeceu pelas confirmações e disse: 'Para a liberação do seu cartão, com validade até maio de 2014 (ela sabia a data que o meu cartão expirava), preciso que o senhor dite o número'. E eu, diante de todas as confirmações, inclusive quanto à data de validade, ditei normalmente o número constante na frente do cartão. Ela agradeceu e disse que estava desbloqueando.

Solicitei, então, o número de protocolo, quando ela gaguejou, me passou qualquer número e logo suspeitei.

Imediatamente liguei para a Central de Atendimento do meu banco e, enquanto falava com eles, acessei minha conta pela internet, quando constatei que já haviam sido realizadas três transferências sem minha autorização. Fiz o protocolo de reclamação e agora aguardo a análise do setor de fraudes.

Notem que, neste golpe, você não passa nenhuma informação pessoal ou senha. A pessoa já tem os nossos dados (facilmente obtidos pelo mercado paralelo de venda de informações), inclusive do cartão.

Portanto, fiquem atentos e não caiam nesse golpe!!!
DIVULGUEM"

Enviado pelo Dr. Luiz Antonio Catay em 06/11/2012.

Em resumo, nunca forneça qualquer tipo de informação por telefone (em especial senhas e números de cartões), mesmo que esteja totalmente convencido de que a pessoa do outro lado é confiável.

Se isso for imprescindível, solicite o número do telefone de quem está falando e retorne a ligação, confirmando que o número de telefone realmente pertence à instituição que ela diz representar (peça o endereço do site onde consta o telefone, por exemplo).

Solicite sempre um número de protocolo e anote data e horário da ocorrência.
Pergunte ao atendente onde pode consultar informações sobre esse protocolo.

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