A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição.
Na Páscoa, é comum em vários países a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas, embora em outros, como no Brasil, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate.
No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos.
Mas por que os coelhos, animais que nem botam ovos?
Muitos dizem que é pelo fato de que o coelho, desde o antigo Egito, ser o animal que era símbolo da fertilidade devido à sua incrível capacidade de procriação.
Mas na verdade, a origem é outra:
Nos cultos pagãos, os símbolos associados a Eostre, deusa da fertilidade e do renascimento nas mitologias anglo-saxã, nórdica e germânica eram lebres (e não coelhos) e ovos coloridos.
Com o tempo, a igreja católica acabou por substituir as festividades pagãs de Eostre pela Páscoa, absorvendo muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa.
Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.
Dizia-se que as sacerdotisas de Eostre eram capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. A versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é comercialmente mais interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.
Já a substituição dos ovos comuns por ovos de chocolate... bem, dizem que a tradição nasceu há mais ou menos 800 anos na Europa por iniciativa de confeiteiros franceses que tiveram a ideia. E de lá pra cá, virou a festa da indústria chocolateira, que ganha rios de dinheiro, vendendo ovos de chocolate por preços no mínimo três vezes maiores que o chocolate em barra.
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