sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A verdade sobre o fim das sacolas plásticas nos supermercados

Um acordo foi assinado em 9 de maio de 2011, entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu secretário do Meio Ambiente e o presidente da APAS - Associação Paulista de Supermercados, prevendo que até o final do ano os supermercados deixariam de entregar as sacolas derivadas de petróleo ao consumidor.

O objetivo anunciado era o de estimular o uso de sacolas retornáveis (como as de feira), ecobags (reutilizável e feita em material renovável), carrinho de feira, caixa de madeira ou mochila. Alternativas cujo custo é zero.

Os custos das sacolas, como se sabe, sempre estiveram computados e distribuídos nos custos dos produtos do supermercado,

Os supermercados já foram pressionados, há algum tempo, a utilizar sacolas biodegradáveis e não o fizeram; adotaram vender sacolas retornáveis e ao que parece não deu o lucro esperado.

Muitas pessoas, ao retornar do trabalho, passam no supermercado para comprar alguns itens necessários para aquela noite ou o dia seguinte; a grande maioria não leva a sacola retornável para o trabalho por que não estavam prevendo fazer essa compra.

As grandes redes de mercados/supermercados fizeram um acordo para abolir as sacolas; afinal, como ficaria a concorrência entre os que fornecem a embalagem contra os demais?


Implicações:

- Parada de máquinas nas indústrias de sacolas, resultando em desemprego;
- Investimento (incerto) das indústrias para produzir sacolas biodegradáveis; ótimo, pode-se retomar o emprego, mas os empresários têm como fazer esse investimento a curto prazo?
- Os fabricantes de sacos de lixo devem estar felizes com essa manobra dos supermercados; por que esses não são biodegradáveis?


Desculpas:

- As sacolas plásticas são utilizadas para juntar o lixo e demoram para se decompor.
Por que então os mercados não utilizam sacolas biodegradáveis, sem repassar o seu custo?
Se de repente resolveram se preocupar com o meio-ambiente, por que não se incomodam com as demais embalagens de plástico?
- As sacolas entopem bueiros e encanamentos.
E as malas/colchões/armários e todo o outro tipo de lixo, não contam?
As prefeituras deveriam fazer a manutenção dos sistemas de escoamento de água, mas não fazem...
- Vamos fazer um planeta melhor.
Então vamos voltar às garrafas de vidro para litros de leite, refrigerantes, produtos de limpeza; sacos de papel para demais produtos "secos", para os demais, sacolas biodegradáveis!

Obs.: A produção de plástico é muito mais barata que a de vidro, razão pela qual houve a mudança.

Todos nós queremos um planeta melhor, o que não significa que concordemos com mudanças puramente econômicas que implicam em prejuizo para a coletividade.

Conclusão: Pura conversa mole!
Ninguém está preocupado com o meio ambiente e sim com a redução dos custos!
Apóie a extinção das sacolas plásticas, mas exija uma forma de transportar suas compras, é seu direito!

Enviado por José Paulo Martins em 31/01/2012.


Posição do PROCON-SP quanto à retirada das sacolas plásticas dos supermercados

1 de FEVEREIRO de 2012

Nota oficial do Procon-SP sobre a substituição das sacolas plásticas nos supermercados

“A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e
da Defesa da Cidadania, apoia propostas que tenham por objetivo promover o consumo sustentável e
consciente como forma de preservação do meio ambiente, observados em qualquer hipótese os direitos dos
consumidores, assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
No caso da campanha realizada nos supermercados, que visa a substituição de sacolas plásticas comuns por
biodegradáveis, o Procon-SP esclarece que a par da informação prévia e adequada acerca de eventual
cobrança e, ainda, do devido e contínuo esclarecimento e conscientização da população quanto a tais
procedimentos, os estabelecimentos devem oferecer uma alternativa gratuita para que os consumidores
possam finalizar sua compra de forma adequada, devendo essa medida ser adotada pelo tempo necessário à
desagregação natural do hábito de consumo.
É importante destacar que, na ausência de opção gratuita para que o consumidor possa concluir sua compra,
fruindo de maneira adequada o serviço, o estabelecimento deverá fornecer gratuitamente a sacola
biodegradável, respeitando assim os ditames do Código de Defesa do Consumidor (CDC)."

O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação, pode procurar um dos canais de
atendimento da fundação:
Orientações: 151 (Só para a capital).
Pessoalmente: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Sábados, das 7h às 13h, nos postos dos Poupatempo,
sujeito a agendamento no local.
Sé - Praça do Carmo, S/N, Centro.
Telefone: 0800-772-3633
Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 176/258 - São Paulo - SP (próximo ao Largo Treze de Maio).
Telefone: 0800-772-3633
Itaquera - Av. do Contorno, S/N, Itaquera (ao lado do metrô).
Telefone: 0800-772-3633
Nos postos dos Centros de Integração da Cidadania (CIC) Norte, Leste, Oeste, São Luiz, Imigrantes e Feitiço
da Vila (endereços no site: http://www.justica.sp.gov.br/modulo.asp?modulo=52&Cod=52) , de segunda a
quinta-feira, das 9h às 15h.
Por fax: (11) 3824-0717.
Por cartas: Caixa Postal 3050, CEP 01031-970, São Paulo-SP.

Dicas e orientações sobre defesa do consumidor no blog Educação para o Consumo.
01/02/2012
Fundação Procon-SP
Assessoria de Comunicação

Façamos a nossa parte!
Defender o meio ambiente e a natureza é obrigação de todos!
Mas cuidado: não faça papel de palhaço!
Pense bem antes de defender uma causa!

Enviado por Lucia de Fátima Miranda em 01/02/2012.

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