sábado, 4 de fevereiro de 2012

Porque os cães vivem pouco

“Sou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça Wolfhound Irlandês, chamado Belker.

Os donos do animal, Ron, sua esposa Lisa, e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.

Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer.
Disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder à eutanásia no velho cão, em sua casa.

Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento.
Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.

No dia seguinte, senti o familiar “aperto na garganta” enquanto a família de Belker o rodeava.

Shane, o menino, parecia tão calmo acariciando o velho cão pela última vez, que imaginei se ele entendia o que estava se passando.

Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente.
O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.

Sentamos-nos juntos, logo após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste fato das vidas dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos.

Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, disse:
- "Eu sei porque."

Abismados, voltamos-nos para ele.
O que saiu de sua boca, me assombrou.
Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante.

Ele disse:
- "As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma vida boa, amar todo mundo todo o tempo, e serem boas, certo?"

E o garoto de quatro anos concluiu:
- "Bem, cães já nascem sabendo como fazer isso, portanto, não precisam ficar aqui tanto tempo quanto os humanos."

Enviado por José Arnaldo C. Campelo em 01/02/2012.

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