A Microsoft inaugurou nesta terça-feira (17/01) o maior centro de tecnologia e inovação da América Latina, o MTC (Microsoft Technology Center).
São Paulo (SP) foi a cidade escolhida para abrigar o espaço de 1,3 mil metros quadrados com ambientes para desenvolvimento de soluções, discussões e simulações.
Na ocasião, também foi assinado um protocolo de intenções celebrado entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Microsoft. "O protocolo visa acelerar incubadoras para criar startups com base tecnológica nas áreas de telecomunicações, óleo e gás, saúde, educação e, especialmente, jogos, que fomentam o segmento de inovações por se tratarem de softwares muito sofisticados", comentou o presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy.
Serão seis aceleradoras autossustentáveis em seis cidades do país. Quatro delas já foram definidas: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Cada uma das aceleradoras terá 10 startups incubadas por um período de três anos com acesso às tecnologias mais recentes a serem disponibilizadas pela Microsoft. As startups serão selecionadas a partir de 2 mil empresas participantes de projetos como o BizSpar, programa de apoio ao empreendedorismo, e a ImagineCup, Copa do Mundo de Computação. Dessa forma, as soluções de destaques das empresas iniciantes ficarão disponíveis no MTC para que outras companhias possam experimentá-las. "Descobrimos que para se ter inovações é necessário três entidades: governo, empresa e universidades. O MTC será um centro de efervecência do conhecimento, um ambiente interativo", comenta.
Além de clientes e parceiros, está prevista também a utlização do MTC por ONGs, estudantes e empreendedores que participam dos projetos da companhia. O investimento de US$ 10 milhões no centro, no entanto, não dará retorno financeiro à empresa. Segundo Levy, o retorno será um nível de inovação maior por parte dos clientes e parceiros. "O investimento é ampliar a presença e relevância da Microsoft no mundo todo", diz.
A infraestrutura do centro em São Paulo foi montada em parceria com 15 importantes empresas do setor de tecnologia, entre as quais estão HP, Intel, Nokia e Dell. Há no local um datacenter com 360 processadores, cuja capacidade de armazenamento é de 700 terabytes, além de salas de simulações, projeções de imagens e criação de ambientes, treinamentos, laboratório de desenvolvimento e centro de interação.
O envisioning Center, por exemplo, é um espaço que permite visualizar por meio de cenários pré-montados como hospitais, casas, aeroportos ou escritórios, todo o portfólio de soluções sugeridas pela companhia.
"Já o data center vai simular o máximo do ambiente das empresas, mas também poderá usar os dados dos próprios clientes se baseando em protocolos de segurança para garantir que nada saia dali", explica Fábio Souto, diretor do MTC. "O centro de inovação e tecnologia contará com um time de oito pessoas prontas para atender os clientes e parceiros na criação de novas soluções", completa.
Um dos exemplos de solução de destaque apresentados no MTC foi o programa de apoio ao portador de deficiência, ProDeaf. A novidade ganhou o primeiro lugar na 9a edição da Copa do Mundo de Computação em Nova York, em julho de 2011. A aplicação transforma voz em língua de sinais (Libras) e vice-versa, permitindo uma comunicação fluente, em tempo real, entre surdos e não-surdos. A pessoa escreve a frase no programa e um avatar simula as libras para o surdo. A solução também funciona com a fala, que é convertida em Libras no mesmo instante. "Imagine daqui um tempo um plugin no MSN do ProDeaf ou na televisão onde o avatar converte em tempo real o que está sendo falado", comenta João Paulo Oliveira, diretor de negócios da Proativa, empresa responsável pelo desenvolvimento do ProDeaf.
Extraído do Olhar Digital
0 comentários:
Postar um comentário