domingo, 31 de março de 2013

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?

A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição.

Na Páscoa, é comum em vários países a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas, embora em outros, como no Brasil, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate.
No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos.

Mas por que os coelhos, animais que nem botam ovos?

Muitos dizem que é pelo fato de que o coelho, desde o antigo Egito, ser o animal que era símbolo da fertilidade devido à sua incrível capacidade de procriação.
Mas na verdade, a origem é outra:
Nos cultos pagãos, os símbolos associados a Eostre, deusa da fertilidade e do renascimento nas mitologias anglo-saxã, nórdica e germânica eram lebres (e não coelhos) e ovos coloridos.
Com o tempo, a igreja católica acabou por substituir as festividades pagãs de Eostre pela Páscoa, absorvendo muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa. 

Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.

Dizia-se que as sacerdotisas de Eostre eram capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. A versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é comercialmente mais interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.

Já a substituição dos ovos comuns por ovos de chocolate... bem, dizem que a tradição nasceu há mais ou menos 800 anos na Europa por iniciativa de confeiteiros franceses que tiveram a ideia. E de lá pra cá, virou a festa da indústria chocolateira, que ganha rios de dinheiro, vendendo ovos de chocolate por preços no mínimo três vezes maiores que o chocolate em barra.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Benefícios do Cloreto de Magnésio

Quem sofre de bico de papagaio, nervo ciático, coluna e calcificação pode se curar de forma perfeita, indolor, fácil e barata.

Por Pe. Benno José Schörr*
padre jesuíta, Professor de Física, Química e Biologia do Colégio Catarinense, Santa Catarina.


Minha cura:

Iniciei minha cura aos 61 anos.
Dez anos antes, eu estava quase paralítico, sentia pontadas agudas na região lombar - um bico de papagaio incurável, segundo o médico.
Após cinco anos, o peso virou dor e, apesar de todos os tratamentos, a dor só aumentava.
Sem tardar, voltei a Florianópolis com novas radiografias e procurei um especialista.

Agora já era um bando de bicos de papagaios, calcificados, duros em grau avançado.
Nada se poderia fazer. As dez aplicações de ondas curtas e distensões da coluna não detiveram a dor, a ponto de nem mais deitado eu poder dormir.

Ficava sentado, até quase cair da cadeira, de tanto sono.
Providencialmente, fui ao Encontro dos Jesuítas Cientistas, em Porto Alegre e o Padre Suarez me disse ser fácil a cura com cloreto de magnésio, mostrando-me o pequeno livro do Padre Puig, jesuíta espanhol que descobriu o uso do cloreto de magnésio: sua mão era dura de tão calcificada, mas, com este sal, ficou móvel como a de uma menina.

Em Florianópolis, logo comecei a tomar uma dose pela manhã e uma à noite; mesmo assim continuei dormindo encolhido até o 20º dia; naquela manhã, porém, acordei estirado na casa, sem dor.

Mas caminhar ainda era um sofrimento. Depois de 30 dias, eu me levantei sentindo-me estranho:"Será que estou sonhando?” Nada mais me doía! Dei até uma voltinha pela cidade, sentindo, contudo, o peso de 10 anos antes.

Aos 40 dias caminhei o dia inteiro sentindo menos peso; três meses depois minha flexibilidade aumentava. Dez meses já se passaram e me dobro quase como uma cobra.


Outros efeitos:

O cloreto de magnésio arranca o cálcio dos lugares indevidos e o fixa solidamente nos ossos.
Ainda mais: minha pulsação que sempre estava abaixo de 40 - eu já pensava em marca passo - normalizou-se.
O sistema nervoso ficou motorialmente calmo, ganhei maior lucidez, meu sangue estava descalcificado e fluido.
A próstata, que eu deveria operar assim que tivesse uma folga nos trabalhos, já não me incomoda muito. Houve ainda outros efeitos, a ponto de várias pessoas me perguntarem:
-"O que está acontecendo com você? Está mais jovem! " - "É isso mesmo".


Importância do cloreto de magnésio:

O cloreto de magnésio produz o equilíbrio mineral, anima os órgãos em suas funções (catalisadoras), como os rins, para eliminar o ácido úrico nas artroses; descalcifica até as finas membranas nas articulações e as escleroses calcificadas, evitando enfartes; purificando o sangue, vitaliza o cérebro, desenvolve ou conserva a juventude até alta idade.
Após os 40 anos, o organismo absorve sempre menos cloreto de magnésio, produzindo velhice e doenças.


Uso: dissolver 2 colheres de sopa de cloreto de magnésio (33g) em 1 litro de água filtrada.
Deve ser tomado conforme a idade:
dos 20 anos aos 55 anos (1 copinho de café - 50ml);
dos 55 anos aos 70 anos (1 copinho e meio - 75ml);
dos 70 anos aos 100 anos (2 copinho de café - 100ml).
Tomar 1 dose pela manhã e 1 dose à noite.

Quando curado, deve-se tomar o cloreto de magnésio como preventivo, isto é, conforme a idade e 1 x ao dia (noite).

O cloreto de magnésio não é remédio, mas alimento. E não tem contra-indicação.
É compatível com qualquer medicamento simultâneo.
O cloreto de magnésio põe em ordem todo o corpo e é indicado para homens e mulheres.

No caso das mulheres, ele ajuda a prevenir a osteoporose.

Artrose: O ácido úrico se deposita nas articulações do corpo, em particular nos dedos, que até incham. Isso resulta de uma falha no funcionamento dos rins, justamente por falta do cloreto de magnésio.

Depois de curado, continue com as doses normais, como preventivo.


Outros problemas:
reumatismo, rigidez muscular, impotência sexual, câimbras, tremores, frigidez, artérias duras,
falta de atividade cerebral, sistema nervoso:
uma dose pela manhã, uma dose à tarde, uma dose à noite.
Sentindo-se melhor, passar para a dose preventiva.

Onde encontrar:
em farmácias de produtos naturais ou mesmo nas alopáticas.

O cloreto de magnésio para uso humano, tem que ser do tipo P.A. (puro para análise) e sua cor bem branca.
É normal empedrar, mas isto não altera seu teor de qualidade.

*Pe. Benno José Schörr - padre jesuíta, Professor de Física, Química e Biologia do Colégio Catarinense / Sta. Catarina., durante mais de 35 anos. 
Faleceu em maio de 2005, no Colégio Catarinense, com idade superior a 90 anos, tendo usado cloreto de magnésio por mais de 30 anos consecutivos.

Leia também:

Recebido de José Arnaldo C. Campelo em 29/03/2013.

quarta-feira, 27 de março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Felicidade obrigatória


Por Walcyr Carrasco

As pessoas gostam de exibir a felicidade como um troféu. Demonstrar tristeza tornou-se uma espécie de derrota. O melhor exemplo é o comportamento diante de quem sofreu uma perda. Se está em lágrimas, costuma-se dizer:


– Não chore, vai passar...

A outra pessoa fica constrangida, como se viver a dor fosse defeito.
Minha atitude é oposta. Aconselho:

– Chore, descabele-se, solte os bichos!

Entre as festas de final de ano e o Carnaval, então, deixar de ser feliz é uma espécie de derrota. Até passar o Carnaval há que demonstrar uma alegria exuberante. Uma conhecida distanciou-se de uma velha amiga. Comentou:

– Ela brigou com o namorado, andava sem grana. Era muito baixo-astral.

Era proibido para a outra falar dos problemas? No comentário, um sintoma preocupante. O “baixo-astral” parece uma doença contagiosa.
Não nego. Compartilhar os problemas alheios às vezes não é fácil. Mas isso não faz parte da amizade? Não dá uma dimensão mais profunda ao relacionamento humano?

Ser feliz é cada vez mais uma imposição. Só falta alguém botar um letreiro dizendo:
“Estou muito bem!”. Com ponto de exclamação, para simular entusiasmo.

Tenho um amigo de infância, Antônio Carlos, que ainda vive em Marília, no interior de São Paulo. Nos conhecemos desde os 5 anos de idade, mas ficamos afastados uma boa parte da vida adulta. Quando o reencontrei, há alguns anos, estava para se aposentar como professor de história de um colégio público.
Na ocasião, me contou que, ao terminar a faculdade, muito jovem, ganhou uma bolsa para pós-graduação na Inglaterra. Mas não foi. Reagi escandalizado:

– Imagine, você teria tido tantas oportunidades!

Ele me respondeu calmamente que ficou para ajudar os pais a cuidar do irmão, Joel, com lesão cerebral. Hoje, mora com a mulher e os filhos numa casa vizinha à deles. Joel, quase cego, tem dificuldades até para as atividades cotidianas, como tomar banho sozinho.

– Se eu fosse para o exterior, talvez nem voltasse. E minha família?

No início levei um choque. Como alguém recusa um futuro brilhante para cuidar de um irmão com problemas? Depois, meditei sobre o tema. Sempre pensei a felicidade como resultado de uma bela carreira. Batalhei para ser escritor e estar na televisão. Boa parte das pessoas também associa felicidade a uma vida amorosa invejável.
“Mas e se não for nada disso?”, me perguntei.

O modelo de felicidade que está aí não me atrai. Prefiro viver os sentimentos mais profundos

Meu amigo Antônio Carlos não se preocupou com a felicidade em função dos parâmetros sociais. Mas em ser solidário com o irmão e a família.
Há alguns meses estive num churrasco em sua casa. Era emocionante ver como se preocupava com o irmão. Tentava alegrá-lo e fazer com que participasse da festa.
Olhei para eles e concluí: “Não é a felicidade com que as pessoas sonham. Mas, apesar dos problemas, dores e preocupações, viver assim tem um significado real”.

Quantas pessoas são capazes de escolher o afeto em vez de uma carreira brilhante?

Justamente por ter se tornado obrigatória, a felicidade ficou tão efêmera quanto os últimos lançamentos da moda. É traduzida em símbolos: a roupa de grife, o carro novo, o vinho caro, o restaurante elegante. Quanto mais sucesso, mais difícil a tal da felicidade. Já se iniciou uma batalha acirrada entre chiques e famosos para os convites dos camarotes VIPs do Carnaval do Rio de Janeiro. Quem não consegue sempre cai em crise de depressão.

Um amigo já idoso que no passado brilhou na sociedade paulistana confessou que não é mais convidado para os eventos, jantares e festas.
Sua angústia lembrou-me o personagem Elliot, de O fio da navalha, de Somerseth Maugham. No fim da vida, de cama, Elliot ainda se preocupa em saber se foi convidado para uma determinada festa. Não foi. Mas lhe mentem que sim, para que morra em paz. Em relação a meu amigo, comentei, para apaziguá-lo:

– Sorte sua, essas festas são chatas.

A verdade é que deixou de ser convidado porque perdeu todo o dinheiro.
As pessoas o evitam. Não que vá pedir emprestado – a situação não é tão grave, pelo menos ainda. Mas porque tem o “cheiro do fracasso”. No mundo da felicidade obrigatória, só há lugar para quem não tem problemas.

É uma felicidade cínica.

Durante muito tempo, também corri atrás de alegrias momentâneas, que se esvairam como fumaça. O modelo de felicidade que está por aí não me atrai. Pode ser difícil, doloroso ou me provocar contentamento. Minha opção é viver os sentimentos mais profundos.

WALCYR CARRASCO

é jornalista, autor de livros, peças teatrais e novelas de televisão


Recebido de Flávio Peres em 14/03/2013.